segunda-feira, 31 de outubro de 2016


O homem que tenta diminuir a glória de Deus, recusando-se a adorá-lO, é como um
lunático que deseja apagar o sol, escrevendo a palavra "escuridão" nas paredes de sua
cela.
C. S. Lewis


31 de Outubro

"E disseram um ao outro: Porventura não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras?" Lucas 24.32
O mais penoso para um filho de Deus é quando não entende mais o proceder de Deus. Foi isso o que aconteceu com esses discípulos que caminhavam juntos de Jerusalém a Emaús. Ambos estavam profundamente abalados. Jesus – segundo o ponto de vista deles – os havia decepcionado. Eles pensavam que Jesus fosse o Messias de Israel, mas não entendiam como Ele se deixara executar numa cruz. Por que Ele fez isso? Por que Ele não manifestou a Sua onipotência? Quando eles estavam conversando entre si sobre esse assunto, um forasteiro se juntou a eles. Eles derramaram todo o seu coração decepcionado e triste diante do Senhor que eles não reconheceram. Mas o que eles ouviram da boca desse estranho? Palavras cheias de compaixão? Não! Está escrito: "E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras." Mas ainda assim eles não se deram conta de que era o próprio Jesus que falava com eles. Só mais tarde, na ceia, eles O reconheceram. Os dois, que desconfiaram de seu Senhor, experimentaram que justamente no momento de grande decepção Jesus estava o mais próximo possível deles! Jesus não só foi como ainda é maior que tudo! Ele quer transformar também a nossa decepção numa alegria maravilhosa!

domingo, 30 de outubro de 2016


30 de Outubro

"E eis que, dentre a multidão, surgiu um homem, dizendo em alta voz: Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único; um espírito se apodera dele e, de repente, grita e o atira por terra, convulsiona-o até espumar, e dificilmente o deixa, depois de o ter quebrantado." Lucas 9.38-39
Existem problemas familiares de todo tipo. Jesus, tanto no Seu tempo na terra como ainda hoje, é maior do que todos os problemas familiares. Isso o pai daquele rapaz atormentado pelo mal também sabia, e por isso veio a Jesus com sua aflição. Ninguém foi capaz de remediar sua aflição familiar, somente Jesus podia ajudar. E Ele ajudou! Ele "repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou a seu pai." Hoje Jesus também quer ajudar em todo problema familiar, seja ele causado por culpa própria ou de estranhos.
Em cada situação, fale com Jesus sobre o assunto; fale com Ele como fez aquele pai aflito. Se Ele não intervém imediatamente, não desanime. Continue falando com Jesus sobre os seus problemas familiares. Ele o ouvirá e, tocado por misericórdia, mais uma vez se mostrará como Aquele que é maior que tudo. Ele não o rejeitará, pois Ele mesmo disse: "...o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora."

sábado, 29 de outubro de 2016




“Em verdade, em verdade vos digo; se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer, produz muito fruto”. João 12:24.


 Jesus fala para os gregos que  estavam em Jerusalém: “Ora entre os que subiram para adorar durante a festa, haviam alguns gregos; que se dirigiram a Felipe e rogaram: queremos ver Jesus” João 12: 20-21.  

O grão de trigo, foi uma simbologia empregada, para explicar sobre vida e morte e também morte e ressurreição. Esses temas, eram motivo de contenda entre gregos e judeus.  Para os gregos, a morte era algo terrível, pois o corpo era valioso precisava irradiar a beleza da alma, do bom e do belo que estava impregnado na cultura desse povo, como essência de valores éticos. Bom e belo não necessariamente tinha a ver com estética, mas com ética, caráter, sabedoria.

A morte do grão do trigo, significava morrer para o mundo, para a filosofia grega, que dominava o pensamento na época. 

Morrer, era renascer para Cristo Jesus, pela fé em Seu nome.  O grão de trigo, lançado em terra, para se transformar em planta, se despe de sua casca, se desnuda e ressurge com nova aparência (por dentro e por fora). Sim, de fato, esse grão conservará alguns de seus elementos, porém terá renascido para uma nova vida em que dará origem a muitos outros grãos. É uma simbologia fantástica, tão simples e complexa ao mesmo tempo, porque nos diz sobre eternidade com Deus e isso é o que de maior há no mundo inteiro, e coube em um pequenino grão de trigo, cuidado pelas firmes mãos de Jesus!

Jesus poderia ter usado o exemplo de qualquer outro grão, mas ao falar sobre trigo, Ele também fala de si mesmo: Trigo é pão. Ele era o Pão da vida, que haveria de morrer e ressuscitar ao terceiro dia. Deixaria a aparência física de homem, nascido de mulher, para receber um corpo glorioso e ser elevado ao céu. Atos 1: 6-9

Isso tudo era loucura para gregos e também judeus que ficavam divididos quando o assunto era morte e ressurreição. Saduceus e fariseus divergiam quanto a isso: “Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas" (At 23.8). Mas Jesus não falava para acariciar egos, agradar homens e sistemas, Ele falava a verdade, Ele é a Verdade: “senhores gregos, se vieram até Jerusalém para me ver, saibam que é preciso morrer, para viver. É preciso se despir do velho mundo, velho homem e se revestir de eternidade pela renúncia ao pecado, pelo arrependimento que lhes mostrará quem sou. “

Ver Jesus, era o pedido dos gregos. Ver Jesus, é o que muitos também pedem em nossos dias. E para que isso aconteça é necessário não apenas uma viagem de um lugar a outro, de uma igreja a outra, de uma filosofia a outra, de religião em religião, de superstição. Para ver Jesus, é necessário amá-lo, mais que tudo. E se O amamos, guardamos Seus mandamentos que O colocam como centro de nossa vida, vontades e tudo o mais:

“Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo, preservá-la-á para a vida eterna” João 12:25.

Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. 1 Coríntios 1:21-23
Evangelho é puro e simples, poderoso e transformador. O maior sinal presente no Evangelho é o do novo homem, esse que pela graça divina e poder do Espírito Santo, é transformado. Não façamos como os fariseus, que buscavam sinais e os gregos a sabedoria. Mas busquemos a Jesus Cristo e Ele nos dará a sabedoria e os sinais.  Decretemos “a morte do grão de trigo” e o novo nascimento se fará realidade em nós.  Agricultores e especialistas em trigo, escreveram:
 "Grãos de trigo são pequenos, de forma oval, com uma fenda no sentido do comprimento e recobertos por uma casca dura. No interior da casca, encontram-se o amido e o glúten, substâncias que, além de preciosas para a alimentação, dão à planta a força necessária para que ela cresça."

Vejam, a transformação do grão em planta é visível, mas acontece primeiramente no interior, porque lá no íntimo do grão é que está a força necessária para seu desenvolvimento. E tudo começa em nosso coração, primeiramente ele é transformado e consequentemente, nossas ações, atitudes se tornam visíveis aos homens gerando tantas e tantas sementes que irão servir de pão para outras vidas, porque na nova vida, Jesus está. A decisão de mudar é nossa, a transformação é obra de Deus.  O grão tem a vida em si mesmo, mas não brotaria em forma de planta, se não houvesse quem o regasse, cuidasse para não ser arrancado da terra, pisado e lançado fora como inútil. E assim é Cristo para conosco, aquele que se entrega a Ele é aperfeiçoado para ressuscitar no último dia.

“Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. Romanos “.6:5-9
Oração: Senhor Deus, preciso de Sua ajuda para me tornar uma nova pessoa a seguir e obedecer Tua Palavra. Não almejo sinais, nem sabedoria, mas a Tua face, Tua vida em mim e tudo o mais será transformado, e assim os sinais seguirão aos que creem e a sabedoria estará em minha boca. Perdoa meus pecados, me arrependo de coração por ter sido desobediente a Ti. Toma-me como um grão de trigo e me refaz, para glória de Seu nome, amém.


Postado por Wilma Rejane




29 de Outubro

"Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram então o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama. Lançando de si a capa, levantou-se de um salto, e foi ter com Jesus." Marcos 10.48-50
O cego Bartimeu ouve Jesus de Nazaré passando, e começa a gritar com toda a força:"Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" Esse clamor evidentemente incomoda o "mundo religioso", mas Bartimeu não perde a oportunidade, e grita mais alto ainda. O que provoca este clamor tão profundo do seu coração? Jesus está em silêncio. Ele o cura no mesmo instante? Ele afasta a cegueira imediatamente? Por enquanto não, mas o anima amavelmente para que lhe conte todo o seu problema. Jesus lhe pergunta: "Que queres que eu te faça?", mesmo sabendo que Bartimeu é cego. Isto nos mostra que nós também devemos dizer nossos desejos de maneira bem concreta a Jesus. O Senhor quer que digamos a Ele exatamente o que queremos e desejamos, mesmo que Ele já saiba tudo o que se passa em nossa vida e em nosso coração, e o que esperamos dEle. Quando Bartimeu lhe apresentou seu desejo: "Mestre, que eu torne a ver", Jesus intervém imediatamente e lhe diz: "Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver, e seguia a Jesus estrada fora."

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Sons e Sinais no Céu de Jerusalém - 01/10/16


As imagens ganharam o mundo no último dia 01 de Outubro de 2016. Uma espécie de arco no céu formado pelas nuvens, reluzem e movimenta ao som do que parece ser trombetas trocando. O som já tinha sido ouvido antes, em 2013 em várias parte do mundo, mas o diferencial deste evento foi que o som só pode ser ouvido em Jerusalém, e contou com o fenômeno nas nuvens, que se movem no céu.





28 de Outubro

"Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando... Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra, que não seja derrubada." Mateus 24.1-2
Ao ouvirem essas palavras, os discípulos de Jesus começaram a se alvoroçar, e uma grande pergunta surgiu no meio deles. Eles estavam preocupados com o futuro. Muitas pessoas, hoje em dia, se preocupam com o futuro. Se quisermos obter conhecimento sobre o porvir, devemos seguir o mesmo caminho que os discípulos: eles se aproximaram de Jesus, a fim de lhe apresentar suas perguntas sobre o futuro, pois Jesus é o Eterno. "Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre."
Se de fato você questiona o Senhor sobre o futuro, Ele lhe responde através de um grande panorama que parte de Jerusalém, se estende por toda a terra e toda a humanidade, abrangendo o Universo e o mar de estrelas, desembocando novamente em Jerusalém. Isso não é o que acontece justamente em nossos dias? Diga-Lhe tudo o que atormenta e amedronta seu coração em relação ao futuro. Mas não procure entender tudo. Basta que Ele saiba e compreenda tudo! Em relação àquilo que você não consegue compreender, Ele lhe diz: "Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora."

quinta-feira, 27 de outubro de 2016




O DIFÍCIL DESAFIO E PROVA DO TEMPO! COMO ENFRENTAR?
"APRENDENDO A VIVER POR FÉ E NÃO POR VISTA!"

"Porque andamos por fé, e não por vista". (2 Co 5:7).


AINDA QUE, CONTRA A ESPERANÇA! COMO NOSSO PAI ABRAÃO:

"O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência". (Rm 4:18).

Creu CONTRA a esperança... Não é por acaso, que Abraão é considerado o “pai da fé”. Crer contra a esperança, significa; que, o que já era difícil se tornou “IMPOSSÍVEL!”, (humanamente falando). Significa que; toda esperança “NATURAL”, havia morrido! O tempo, a longa espera se encarregou disso; MATAR A ESPERANÇA NATURAL de Abraão e Sara gerarem filhos. Certamente, o cumprimento da promessa demorou muito mais do que eles imaginavam ter que esperar. Mas, tinha que ser assim. Deus estava no controle. E TODA esperança natural, humana, carnal tinha que morrer! Somente depois disso, a promessa se cumpriu.
O cumprimento da promessa de Deus (ISAQUE), deveria ser fruto do Espírito e não da carne. Do sobrenatural e não do natural. Algo totalmente dependente de fé, e não de condições naturais.

"E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara". (Rm 4:19).

Algo que dependesse da virtude e do poder de Deus para ser realizado.

"Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lhe tinha prometido". (Hb 11:11).

"Por isso também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar". (Hb 11:12).

Sempre que recebemos uma grande promessa de Deus, principalmente quando diz respeito ao propósito da nossa existência, temos a mania de ficar imaginando no nosso coração e mente, maneiras, meios de como aquilo virá a acontecer. E geralmente, limitamos as possibilidades a duas ou três opções. Dizendo: “Para isso acontecer, acho que Deus vai fazer assim.. assim ou assim. E vai usar isso, aquilo e/ou aquele...” Ficamos traçando caminhos, em nossa mente. Fazendo nossos próprios planos em cima daquilo que Deus prometeu. E geralmente “viajamos” ...Projetando, explorando todas as possibilidades naturais possíveis para trazer aquilo a existência. E na nossa imaturidade, sempre nos esquecemos de que os caminhos de Deus são sempre mais altos que os nossos e que certamente, nem tudo sairá como esperamos.

"Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos". (Is 55:9).

É aí que começa o trabalhar de Deus em nós. Quando ao passar dos anos de espera pelo cumprimento das promessas, vamos vendo cada plano que fizemos, se desfazendo. E as possibilidades que víamos, se acabando. Uma a uma, pouco a pouco. Até que; como aconteceu com Abraão e Sara, toda a esperança natural tenha morrido. Aí, então, nos damos conta, que as promessas de Deus não estão baseadas em circunstâncias ou possibilidades naturais. E nem tão pouco, em nossas habilidades, talentos e capacidades humanas. E que não foi por isso que ele nos escolheu. Pelo contrário. O propósito e plano de Deus para nós sempre vai nos desafiar. Vai nos mostrar que todos os nossos dons, talentos, habilidades e capacidade humana, não serão suficientes, por si só (sem a unção de Deus), de nos fazer herdar as promessas do Senhor. Pois todas as promessas de Deus dependem de fé e do poder do Espírito Santo para ser alcançadas.
Como Deus disse a Zorobabel quando lhe deu uma grande obra para fazer:

"...Não por força nem por poder, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos". (Zc 4:6).

PRECISAMOS APRENDER A DEPENDER DE DEUS.

Nossa carne (natureza humana), é orgulhosa, presunçosa e arrogante. E tende a achar que pode dar conta sozinha, realizando tudo na força do seu braço. Por causa disso, muitos são os que confiam tanto em seus dons, talentos, poder e capacidade humana que até deixam de orar e buscar a Deus. E assim, sem perceber, vão se desconectando do Senhor. Perdem o foco. Passando a frutificar mais na carne do que no espírito. Por isso Jesus já nos advertiu dizendo:

"Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer". (Jo 15:5).

Temos que entender; de uma vez por todas, que a única maneira de frutificarmos nas promessas de Deus é permanecendo conectados a videira (Jesus). Dependentes dele, da sua seiva (seu Espírito Santo), para nos alimentar e sustentar.
Manter a nossa comunhão com ele deve ser o mais importante durante o tempo de espera. Esse era o segredo de Abraão o pai da fé, amigo de Deus!
Ele não negou a sua fé duvidando, murmurando. Pelo contrário; ele dava Glória a Deus! Por isso a sua fé foi fortificada e ele pode alcançar as promessas.

"E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus," (Rm 4:20).

Abraão soube cultivar a sua fé, conectado ao autor da promessa. Manteve-se Amigo de Deus! Aleluia!
Não deixou que o tempo prolongado de espera, e nem o fim da esperança natural de gerar, estragassem a sua comunhão com Deus.
Pela fé, Abraão permaneceu em Deus e Deus nele. Por isso Abraão pode dar MUITOS FRUTOS!

"Por isso também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar". (Hb 11:12).

Aprender a descansar em Deus enquanto espera o cumprimento de uma promessa sobrenatural, vendo o tempo passar dia a dia, mês a mês ano a ano, é uma das coisas mais difíceis da vida cristã. Mas, é uma lição que todos nós temos que aprender. E Deus sabe, muito bem, como ensinar essa lição a cada um de nós...! Ele sabe no que, e onde tocar, na vida de cada um para nos tratar, nos levar a um nível de total e exclusiva dependência dele para alcançarmos algo. Ele permite que toda esperança natural morra, para nos levar a consciência de que; só ele, pode nos dar o fim que desejamos! E que, se ele não o fizer, ninguém o fará! ...
Somente quando aprendermos esse princípio, de viver por fé e não por vista, poderemos realmente DESCANSAR NAS PROMESSAS DE DEUS! Como fez nosso pai Abraão! ALELUIA!!!


POR: Janeth Camargo Garajau.


As feridas da alma impedem o ser humano de viver todo seu potencial.
A cura interior é um processo em que o Espírito Santo sara essas feridas e oferece ao cristão a oportunidade de viver de forma abundante.
Deus realiza obra completa.



Cura interior é um processo em que a ação do Espírito Santo sara as feridas da alma. Essas feridas têm sua origem em algum fato ruim do passado e a cura oferece a oportunidade de o cristão restaurar-se e viver todo seu potencial. Esse processo tem contribuído para libertação de muitas pessoas e começa quando se toma uma atitude, (Sl 32: 3), de reação contra os problemas interiores que aprisionam a mente e o comportamento. Deus realiza uma obra completa, mas há crentes que ainda não descobriram isso. Vejamos algumas situações:

 Ajude a você mesmo

Todo ser humano tem uma história de vida e o que já fizerem contra você produziu feridas interiores que precisam ser saradas. Você é a melhor pessoa para ajudar você mesmo. Se procurar ajuda em Deus, encontrará, mas é preciso extrair forças de onde, aparentemente, não existem mais. É o momento de ser tão forte como nunca foi, pois quem lhe fortalece é o Senhor: “faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor”, (Is 40: 29).
Há muitos cristãos que já ajudaram a muitos, auxiliaram a outros, mas não conseguem superar os próprios problemas. Agora chegou a sua vez. Se percebe que em seu mundo interior há desajustes entre o espírito e a alma, você precisa ser tratado. O crente em Jesus Cristo pode ser feliz e declarar: “tudo posso naquele que me fortalece”, (Fp 4: 13). Mas, para isso, seu interior precisa ser curado.
Examine-se a si mesmo, identifique seus problemas, coloque-os na presença de Deus e permita a ação do Espírito Santo em sua alma. Com as feridas saradas, aprenda a manter bom equilíbrio e faça todo esforço possível para vencer. Não se deixe dominar, mas domine, lute por sua autoestima. Lembre-se de que seu passado não é seu presente. Por isso, em Cristo, liberte-se dos traumas, das lembranças do passado, das amarguras, dos ressentimentos e seja mais que vencedor. Para isso, libere perdão.

  Cristo resolve os problemas

Todo ser humano tem problemas. Alguns são pequenos, fáceis de serem resolvidos. Outros parecem que não têm tamanho, que nunca serão solucionados. Esses podem gerar consequências sérias e para a vida inteira. Seus efeitos podem atrapalhar um casamento, a profissão, a capacidade de aprendizado, relacionamento social e, principalmente, a vida espiritual. Então, livre-se deles.
Para tanto, observe que há problemas do passado que não foram solucionados ou foram mal resolvidos, e hoje impedem você de ter a vida abundante prometida por Jesus, (Jo 10: 10). Com o tempo, o problema parece que vira uma necessidade pessoal, e aí, a pessoa perde o controle da situação e até da trajetória de sua vida. Chega a pensar em desistir do Cristianismo, ou da vida. Aparentemente, é como se não houvesse solução.
Situações negativas não devem ter domínio sobre o percurso da vida de um cristão: “lançando sobre ele toda vossa ansiedade, que ele tem cuidado de vós”, (1Pe 5: 7). Entenda que problemas não são necessidades. Fale com Deus sobre essas questões. Permita que o Espírito Santo sare as feridas de sua alma, quebre o jugo que pesa sobre seu pescoço e abra o caminho para a vida abundante, (Fp 4 19; Sl 51: 3).

  Oração substitui lamentações

Mais cedo ou mais tarde, todos passam pela experiência da lamentação. Os problemas geram lamentações, incertezas e palavras negativas, que são sementes ruins no dia a dia da vida cristã. Essa semeadura negativa produzirá consequências más, (Pv 29: 25), porque as palavras têm poder de condicionar a mente do ser humano e levá-lo à destruição: “A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma”, (Pv 18: 7). Por isso, troque as lamentações pela oração.
Viver reclamando, dar a impressão de que nada vai bem, aparentar que a vida nunca foi boa, que as coisas sempre deram erradas, etc., são alguns tipos de lamentações e isso gera desarmonia em relação às coisas boas. O Senhor disse para Moisés: “porque clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem”, (Êx 14: 15). O vocábulo hebraico tsa’aq, traduzido por ‘clamas’, é o mesmo que lamentação. Porque estavam reclamando da vida, esqueceram-se da promessa de libertação. Por isso, troque as reclamações pela oração.
Muitas vezes conosco isso também acontece. Porém, as lamentações acabam por afetar negativamente nosso mundo interior e nossa fé. A oração dá outra direção à vida do cristão. Em vez de continuar recuando, o Espírito Santo o fortalece, levando-o para frente, estimulando-o a continuar marchando. A oração toca o coração do Senhor, que sara nossas enfermidades, ( Sl 103: 1-5).

 A fé em Deus destrói o medo

A filosofia popular afirma que “o medo é a certeza da desgraça que está para acontecer, não tenha medo, pois ele pode dominar você”. O medo gera pavor, receio, insegurança, tensão, angústia e ansiedade. Esse sentimento de grande inquietação, ante a noção de um perigo real ou imaginário, produz susto, pavor, temor e terror no coração humano.
Jó possuía qualidades que agradavam a Deus, mas trazia em sua alma o medo: “Aquilo que eu mais temia me aconteceu”, (Jó 3: 25). Todos precisam vencer este fantasma que parte do mundo interior e afeta terrivelmente o exterior. Há crentes que trazem consigo este sentimento por causa de feridas na alma que não foram saradas, de fatos passados que deixaram forte impressão em seu coração. A fé bíblica em Deus sempre foi o melhor caminho para a destruição do medo e da cura de suas origens, no mundo interior.
Essa fé dá segurança espiritual e emocional na vida cristã: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”, (Sl 27: 1). A palavra de Deus renova a mente e muda os conceitos negativos instalados na mente do cristão. O bálsamo do Espírito Santo sara as feridas da alma e produz cura interior.

  Conclusão

Se você enfrenta problemas assim, busque através da Palavra de Deus, da oração, com jejuns, o bálsamo do Espírito Santo e a cura interior. Você é alvo do amor Deus. Ele nos ama muito e não quer que vivamos cabisbaixos e sem nenhuma perspectiva de vitória. Olhe para frente, para o alto. Confesse seus pecados e os abandone. Não fique comentando-os com terceiros, relembrando suas derrotas e fracassos. Deixe seus problemas nas mãos de Deus. Faça um concerto com Ele. E faça propósitos sérios para sua vida moral e espiritual. Você é um ser especial. Vença a inquietação, a ansiedade, cuide bem de você mesmo. Busque a cura interior.

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Fonte: Jornal Aleluia de dezembro de 2005.

27 de Outubro
"No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." João 16.33
Como você pode experimentar o Senhor Jesus Cristo na atual situação em que você se encontra, Ele que é maior que todos os seus temores, aflições e problemas insolúveis? Resposta: falando com Ele sobre todos esses assuntos! Você experimentará a Jesus como maior que tudo na medida em que contar tudo a Ele. Eu também não posso resolver os meus problemas, mas posso contá-los a Jesus. E, dizendo tudo a Ele, da maneira simples como uma criança, Ele toma os meus problemas num processo de troca, dando-me Sua alegria e Sua paz.

Você está em perigo? Então diga-o a Jesus. Proceda da maneira como os discípulos outrora. Quando estavam com seu barco em alto-mar, e o Senhor Jesus havia adormecido pelo cansaço, de repente começou um temporal furioso. As ondas batiam contra o pequeno barco. Os discípulos não puderam mais mantê-lo, perderam a esperança – e disseram-no a Jesus! Então Ele se mostrou como Aquele que é mais poderoso do que a tempestade mais assustadora. Jesus, "levantando-se, repreendeu os ventos e o mar." Por isso, fale com Ele sobre todos os seus problemas e perigos e sobre tudo o que vê ao seu redor. Então as ondas altas que o derrubam se acalmarão e o furacão que ruge dentro de você e ao seu redor cessará.

26 de outubro

"Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente." João 8.51
A pessoa normal não quer morrer. Isto já se pode observar num bebê recém-nascido. Ele cerra seus punhozinhos como se quisesse dizer: a vida que recebi não quero deixar nunca mais. O homem moderno procura desesperadamente escapar da morte. Por isso tornou-se um empreendimento muito lucrativo o negócio com a ameaça de morrer. E apesar de todos os tratamentos para rejuvenescimento e renovação das células, ainda assim o homem não se livrou desse temor. Somente uma Pessoa conseguiu vencer a morte: Jesus Cristo. Está escrito: "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo." Este é o milagre da vitória de Jesus que, ao morrer, tirou o domínio daquele que tinha poder sobre a morte, quando Ele mesmo morreu. Mas a morte não conseguiu detê-lO. Se você tem a este Jesus – que ainda hoje é maior que a morte – em seu coração, então você também está livre do medo e do poder da morte! Só assim você não mais verá a morte, pois Ele mesmo disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá."


25 de Outubro

"Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre." Hebreus 13.8
Esta passagem bíblica irrefutável tem um conteúdo impressionante. Ela testifica que Jesus Cristo, que derramou Seu sangue em nosso favor na cruz do Calvário para perdão dos nossos pecados, nunca muda. Ontem, hoje e em toda a eternidade Ele é o mesmo que sempre foi, também no que diz respeito ao Seu ilimitado poder sobre o pecado, a morte e o diabo. Nossas aflições e temores vêm porque não conseguimos vencer os poderes das trevas ao nosso redor. Por isso somos frustrados, confusos, acanhados e tímidos. Os filhos de Deus de fato não têm que lutar contra "o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes." Mas sempre deveríamos ter consciência de que o mais forte está do nosso lado: Jesus Cristo! Ele é hoje como sempre foi em todos os tempos – muito maior do que qualquer poder que possa nos oprimir – e assim também Ele será em toda a eternidade. A grandeza de Jesus é tão absoluta que nada, a não ser Deus, o Pai, O supera. Para aquele que crê, portanto, não existe poder algum que o possa oprimir que Jesus já não tenha há muito derrotado pela Sua obra consumada na cruz do Calvário!

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

24 de Outubro

"Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as cousas, tu sabes que eu te amo." João 21.17
Se você é um daqueles que têm de reconhecer e confessar: "Senhor, meu discipulado naufragou, eu fracassei miseravelmente", então você chegou ao ponto de ser chamado para o discipulado interior. O Senhor ressurreto está bem perto de você. Ele pode lhe dar um ministério bem claro e concreto antes de chamá-lo para O seguir. Depois da tripla afirmação de Pedro: "Senhor,... tu sabes que que eu te amo", o Senhor Jesus diz três vezes: "Apascenta os meus cordeiros... Pastoreia as minhas ovelhas... Apascenta as minhas ovelhas." Você, "Pedro" naufragado, que ama a Jesus: Ele tem um novo e concreto encargo para você: apascentar Seus cordeiros, Suas ovelhas! Juntos, procuremos as ovelhas perdidas, que "não são deste aprisco", e sirvamos ao Senhor com toda nossa prontidão. O encargo do Senhor "apascenta as minhas ovelhas" é uma mensagem de esperança para os desqualificados, para aqueles que desistem porque fracassaram, mas que amam a Jesus de verdade!

A origem da bíblia

O termo Bíblia tem origem no grego "Biblos" e somente foi usado a partir do ano 200 d.C. pelos cristãos. É um livro singular, inspirado por Deus, diversos Escribas, Sacerdotes, Reis, Profetas e Poetas (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21) a escreveram, num período aproximado de 1.500 anos, foram mais de 40 pessoas e notadamente vê-se a mão de Deus na sua unidade. Estes textos foram copiados e recopiados de geração para geração em diversos idiomas, tais como Hebraico, Aramaico e Grego, até chegar a nós...

Verificou-se através do Método Textual, que 99% dos textos mantêm-se fiel aos originais. É certamente uma obra divina, levando em consideração os milhares de anos entre a escrita e nossos dias. As partes mais antigas das Escrituras encontradas são um pergaminho de Isaías em Hebraico do segundo século a.C., descoberto em 1947 nas cavernas do Mar Morto e um pequeno papiro contendo parte do Livro de João 18.31-33,37,38 datados do segundo século d.C.

Divisão em Capítulos. A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e versículos. Para facilitar sua leitura e localização de "citações" o Prof. Stephen Langton, no ano de 1227 d.C. a dividiu em capítulos.

Divisão em Versículos. Até o ano de 1551 d.C. não existia a divisão denominada versículo. Neste ano o Sr. Robert Stephanus chegou a conclusão da necessidade de uma subdivisão e agrupou os texto em versículos.

Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram todos feitos artesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às Escrituras. Os povos de língua portuguesa só começaram a ter acesso à Bíblia de uma forma mais econômica a partir do ano de 1748 d.C., quando foi impressa a primeira Bíblia em português, uma tradução feita a partir da "Vulgata Latina".

A Bíblia é composta de 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, mais de 773.000 palavras e aproximadamente 3.600.000 letras. Gasta-se em média 50 horas (38 VT e 12 NT) para lê-la ininterruptamente ou pode-se lê-la em um ano seguindo estas orientações: 3,5 capítulos diariamente ou 23 por semana ou ainda, 100 por mês em média.

Encontra-se traduzida em mais de 2.400 línguas e dialetos. Há uma estimativa que já foi comercializado no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de 500 milhões de livros isolados já foram comercializados. Afirmam ainda que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas, perfazendo um total diário de aproximadamente 72 mil exemplares!

Encontram-se nas livrarias com facilidade as seguintes versões em português. (1) Revista e Corrigida, (2) Revista e Atualizada, (3) Contemporânea, (4) Nova Tradução na Linguagem de Hoje, (5) Viva, (6) Jerusalém, (7) NVI - Nova Versão Internacional, (8) Revisada e Corrigida - FIEL.

No segundo domingo de Dezembro, comemora-se o Dia Nacional da Bíblia, aprovado pelo Congresso Nacional.

Materiais em que foram escritos os textos bíblicos. A Palavra de Deus foi escrita em diversos materiais, vejamos os principais. Pedra. Inscrições encontradas no Egito e Babilônia datados de 850 a.C. Argila e Cerâmica. Milhares de tabletes encontrados na Ásia e Babilônia. Madeira. Usada por muitos séculos pelos gregos. Couro. O AT possivelmente foi escrito em couro. Os rolos tinham entre 26 a 70 cm de altura. Papiro. O NT provavelmente foi escrito sobre este material, feito de fibras vegetais prensadas. Velino ou Pergaminho. Velino era preparado originalmente com a pele de bezerro ou antílope, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino, largamente usado há centenas de anos antes de Cristo. Papel. Forma amplamente utilizada hoje.

Inegavelmente o Senhor Deus queria que sua Palavra se perpetuasse pelos séculos e providenciou meio para isto acontecesse. É um fato que evidencia a sua credibilidade como Livro inspirado pelo Espírito Santo. Mas conhecer dados históricos não o aproxima do Senhor e tão pouco abre seus ouvidos para a voz do Espírito que revela a Palavra. Isto apenas enriquece-nos intelectualmente e é dispensável. O que realmente precisamos é estarmos aptos para ouvir o Espírito que flui através das páginas do Livro Sagrado e isto só acontece quando nos colocamos em santidade e abertos para o santo mover.

A palavra grega Bíblia, em plural, deriva do grego bíblos ou bíblion (βίβλιον) que significa "rolo" ou "livro". Bíblion, no caso nominativo plural, assume a forma bíblia, significando "livros". No latim medieval, biblìa é usado como uma palavra singular — uma colecção de livros ou "a Bíblia". Foi São Jerónimo, tradutor da Vulgata Latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão, que são o Cristianismo, o Judaismo e o Islamismo. São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinónimo de "Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus".

Os livros bíblicos considerados canônicos pelas igrejas cristãs são ao todo 66 livros, sendo 39 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. A Bíblia Católica contém 7 livros a mais no Antigo Testamento do que outras traduções bíblicas usadas pelas religiões cristãs não-católicas e pelo Judaísmo. Esses livros são chamados pela Igreja Católica de deuterocanónicos ou livros do "segundo Cânon". A lista dos livros deuterocanónicos é a seguinte. Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico (Ben Sira ou Sirácida) e Baruque. Além disso, ela possui alguns trechos a mais em alguns livros protocanônicos (ou livros do "primeiro Cânon") de Ester e Daniel. Outras denominações religiosas consideraram estes livros deuterocanônicos como apócrifos, ou seja, livros ou escritos que carecem de inspiração divina, reconhecendo, porém, o valor histórico dos livros dos Macabeus.

A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosa do povo de Israel. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Acredita-se que tenha sido escrita ao longo de um período de 1600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais.

Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são metafóricos ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentro do contexto da atualidade.

Para o cristianismo tradicional, a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto ela é mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para esses cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral.

Os agnósticos veem a Bíblia como um livro comum, com importância histórica e que reflete a cultura do povo que os escreveu. Os não crentes recusam qualquer origem Divina para a Bíblia e a consideram como de pouca ou de nenhuma importância na vida moderna, ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da civilização ocidental (apesar de a Bíblia ter origem no Médio Oriente).


A comunidade científica tem defendido a Bíblia como um importante documento histórico, narrado na perspectiva de um povo e na sua fé religiosa. Muito da sua narrativa foi de máxima importância para a investigação e descobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são permanentemente cruzados com outros documentos contemporâneos, uma vez que, a história religiosa do povo de Israel singra em função da soberania de seu povo que se diz o "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa atitude nos seus registros.

Independente da perspectiva que um determinado grupo tem da Bíblia, o que mais chama a atenção neste livro é a sua influência em toda história da sociedade ocidental e mesmo mundial, face ao entendimento dela nações nasceram (Estados Unidos da América etc.), povos foram destruídos (Incas, Maias, etc), o calendário foi alterado (Calendário Gregoriano), entre outros fatos que ainda nos dias de hoje alteram e formatam nosso tempo. Sendo também o livro mais lido, mais pesquisado e mais publicado em toda história da humanidade, boa parte das línguas e dialetos existentes já foram alcançados por suas traduções. Por sua inegável influência no mundo ocidental, cada grupo religioso oferece a sua interpretação, muitas vezes, sem a utilização da Hermenêutica.


Os idiomas originais. Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia. o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, com exceção dos livros chamados deuterocanónicos, e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanónicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.


O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego "comum" ou "vulgar", por oposição ao grego clássico), o segundo idioma mais falado no Império Romano.

Inspirada por Deus. O apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus" [literalmente, "soprada por Deus", que é a tradução da palavra grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3.16). Na ocasião, os livros que hoje compõem a Bíblia não estavam todos escritos e a Bíblia não havia sido compilada, entretanto muitos cristãos creem que Paulo se referia à Bíblia que seria posteriormente canonizada. O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro 1.21) Veja também os artigos Cânon Bíblico e Apócrifos.

Os cristãos creem que a Bíblia foi escrita por homens sob Inspiração Divina, mas essa afirmação é considerada subjetiva na perspectiva de uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A interpretação dos textos bíblicos, ainda que usando o mesmo Texto-Padrão, varia de religião para religião. Verifica-se que a compreensão e entendimento a respeito de alguns assuntos pode variar de teólogo para teólogo, e mesmo de um crente para outro dependendo do idealismo e da filosofia religiosa defendida, entretanto, quanto aos fatos e às narrações históricas, existe uma unidade.

A fé dos leitores religiosos da Bíblia baseia-se na premissa de que "Deus está na Bíblia e Ele não fica em silêncio", como declara repetidamente o renomeado teólogo presbiteriano e filósofo, o Pastor Francis Schaeffer, dando a entender que a Bíblia constitui uma carta de Deus para os homens. Para os cristãos, o Espírito Santo de Deus atuou de uma forma única e sobrenatural sobre os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus é o verdadeiro autor da bíblia, e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento Deus usou as suas personalidades e talentos individuais, para registrar por escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus propósitos em suas palavras. Para os crentes, a sua postura diante da Bíblia determinará o seu destino eterno.

A interpretação bíblica. Diferente das várias mitologias, os assuntos narrados na Bíblia são geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos (de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e locais narrados na Bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma.

Os judeus acreditam que todo o Velho Testamento foi inspirado por Deus e, por isso, constitui não apenas parte da Palavra Divina, mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também a tal entendimento os livros do Novo Testamento. Os ateus e agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, descrendo por completo dos ensinamentos religiosos. Tal descrença ocorre face ao entendimento de que existem personagens cuja real existência e/ou atos praticados são por eles considerados fantásticos ou exagerados, tais como os relatos de Adão e Eva, da narrativa da sociedade humana ante-diluviana, da Arca de Noé, o Dilúvio, Jonas engolido por um "grande peixe", etc. Os ateus não crêem na existência de Deus algum, portanto para eles qualquer ensinamento religioso, venha da Bíblia ou do Alcorão é falso, desnecessário e até mesmo prejudicial.

A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos, tem sido utilizada pelos teólogos para se conseguir entender os textos bíblicos. Entre as regras principais desta ciência encontramos. 1.A Bíblia - coleção de livros religiosos - se interpreta por si mesma, revelando toda ela uma doutrina interna; 2.O texto deve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente; 3.Deve-se buscar a intenção do escritor, e não interpretar a intenção do autor; 4.A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se captar o melhor sentido do termo ou as suas possíveis variantes; 5.O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou contexto, bem como as contribuições dadas pela geografia, geologia, arqueologia, antropologia, cronologia, biologia...

Sua estrutura interna. A Bíblia é um conjunto de pequenos livros ou uma biblioteca. Foi escrita ao longo de um período de cerca de 1600 anos por 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais, segundo a tradição judaico cristã. No entanto, exegetas cristãos divergem sobre a autoria e a datação das obras.

Origem do termo "Testamento". Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes. A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança, pacto, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no Monte Sinai, tal como descrito no livro de Êxodo (Êxodo 24.1-8 e Êxodo 34.10-28). Tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança (Jeremias 31.31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo (Mateus 26.28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8.13), em contraposição à nova (2 Coríntios 3.6-14). Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith designa "aliança" (compromisso bilateral) e diatheke tem o sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" (compromisso unilateral). As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança. O termo testamento veio até nós através do latim quando a primeira versão latina do Velho Testamento grego traduziu diatheke por testamentum. São Jerônimo, revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendo ao hebraico berith — aliança, concerto, quando a palavra não tinha essa significação no grego. Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor o hebraico berith. As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II, quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como parte do cânon sagrado.

Livros do Antigo Testamento. O Antigo Testamento é composto de 46 livros. 39 conhecidos como protocanônicos e 7 conhecidos como deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da Bíblia Católica, não sendo incluídos na Bíblia Protestante ou na Tanakh judaica.

Livros Protocanônicos. Pentateuco. Gênesis - Êxodo - Levítico - Números – Deuteronômio. Históricos. Josué - Juízes - Rute - I Samuel - II Samuel - I Reis - II Reis - I Crônicas - II Crônicas - Esdras - Neemias – Ester. Poéticos e Sapienciais. Jó - Salmos - Provérbios - Eclesiastes (ou Coélet) - Cântico dos Cânticos de Salomão. Proféticos. Profetas Maiores. A designação “Maiores” não se trata porém da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos Profetas “Menores”. Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel – Daniel. Profetas Menores. Como referido acima, a designação “Menores” não se trata da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros. Oséias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miquéias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu - Zacarias – Malaquias.

Livros Deuterocanônicos. Tobias - Judite - I Macabeus - II Macabeus - Baruque - Sabedoria - Eclesiástico (ou Ben Sira) - e alguns acréscimos ao texto dos livros Protocanônicos. Adições em Ester (Ester 10.4 a 11.1 ou a 16.24) e Adições em Daniel (Daniel 3.24-90; Cap. 13 e 14). Os livros deuterocanônicos (ou apócrifos) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos e ortodoxos, porque Jesus afirma que durou até João Batista (cf. Lucas 16.16; Mateus 11.13). No período entre o século III e o século I a.C. ocorre a Diáspora judaica helenística, numa época em que os judeus já estavam, em partes, dispersos pelo mundo. Uma colônia judaica destaca-se esta se localiza em Alexandria no Egito, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. Somente no final do século I d.C. foi fixado o cânon (=medida) hebraico, portanto numa época em que a diferenciação entre judaísmo e cristianismo já era bem acentuada. E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico. Quando Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim (a famosa Vulgata), no início do Século V, incluiu os deuterocanônicos, e a Igreja Católica admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros. No século XVI, com o surgimento da Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade dos deuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. No Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546, no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis (DH 1501), a Igreja Católica novamente os confirmou como partes integrantes da Bíblia Católica, mas desde então foram considerados apócrifos no Protestantismo e no século XVII deixaram de fazer parte das Bíblias protestantes.

Livros do Novo Testamento. O Novo Testamento é composto de 27 livros. Evangelhos. Mateus, Marcos, Lucas e João. Livro Histórico. Atos dos Apóstolos (abrev. Atos). Cartas Paulinas. Romanos - I Coríntios - II Coríntios - Gálatas - Efésios - Filipenses - Colossenses - I Tessalonicenses - II Tessalonicenses - I Timóteo - II Timóteo - Tito – Filemom. Cartas Gerais. Hebreus - Tiago - I Pedro - II Pedro - I João - II João - III João – Judas. Livro profético. Apocalipse.

Versões e traduções bíblicas. Livro do Gênesis, Bíblia em Tamil de 1723. Apesar da antiguidade dos livros bíblicos, os manuscritos mais antigos que possuímos datam a maior parte do III e IV Século d.C.. Tais manuscritos são o resultado do trabalho de copistas (escribas) que, durante séculos, foram fazendo cópias dos textos, de modo a serem transmitidos às gerações seguintes. Transmitido por um trabalho desta natureza o texto bíblico, como é óbvio, está sujeito a erros e modificações, involuntários ou voluntários, dos copistas, o que se traduz na coexistência, para um mesmo trecho bíblico, de várias versões que, embora não afectem grandemente o conteúdo, suscitam diversas leituras e interpretações dum mesmo texto. O trabalho desenvolvido por especialistas que se dedicam a comparar as diversas versões e a selecioná-las, denomina-se Crítica Textual. E o resultado de seu trabalho são os Textos-Padrão. A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético. Trata-se do texto hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas de copistas, chamados Massoretas, que tinham como particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original. O trabalho dos massoretas, de cópia e também de vocalização do texto hebraico (que não tem vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de as indicar por meio de sinais), prolongou-se até ao Século VIII d.C.. Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o Texto Massorético (sigla TM) é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.

No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências do Texto Massorético. É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos eram uma comunidade étnica e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), e principalmente a Septuaginta Grega (sigla LXX).

A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egipto. O seu nome deve-se à lenda que referia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas também a tradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento que conhecemos. A sua grande importância provém também do facto de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o início, e a que é citada na grande parte do Novo Testamento.


Da Septuaginta Grega fazem parte, além da Bíblia Hebraica, os Livros Deuterocanônicos (aceitos como canônicos apenas pela Igreja Católica), e alguns escritos apócrifos (não aceitos como inspirados por Deus por nenhuma das religiões cristãs ocidentais).

Encontram-se 4 mil manuscritos em grego do Novo Testamento, que apresentam variantes. Diferentemente do Antigo Testamento, não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa chamar, por assim dizer, normativa. Há contudo alguns manuscritos mais importantes, pelas sua antiguidade ou credibilidade, e que são o alicerce da Crítica Textual.

Uma outra versão com importância é a chamada Vulgata Latina, ou seja, a tradução latim por São Jerónimo, em 404 d.C., e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do Ocidente como a versão bíblica autorizada.

De acordo com o Scripture Language Report, a Bíblia já foi traduzida para 2.403 línguas diferentes, sendo o livro mais traduzido do mundo.

Uma cópia da Bíblia de Gutenberg é propriedade do Congresso norte-americano.

A Bíblia em Português. Os primeiros registros da tradução de trechos da Bíblia para o português remontam ao final do século XIII, por Dom Dinis. Mas a primeira Bíblia completa em língua portuguesa foi publicada somente em 1753, na tradução de João Ferreira de Almeida (1628-1691), que apesar de muitos não o saberem, não era pastor ou padre.


O missionário e tradutor João Ferreira de Almeida foi o principal tradutor da Bíblia para a língua portuguesa. Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre. Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do espanhol para o português, que nunca chegou a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do Novo Testamento também do espanhol.

Aos 17, traduziu o Novo Testamento do Latim, da versão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola.

Aos 35 anos, iniciou a tradução diretamente dos originais, embora seja um mistério como ele aprendeu os idiomas originais. É certo que ele usou como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, o Textus Receptus, editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma tradução da época, como a Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.

O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em 1681, e teve mais de mil erros. A razão é que os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos. Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no Museu Britânico. Após sua morte foram detectados 1.119 erros de tradução.

Traduções no Brasil. A primeira tradução realizada no Brasil foi feita pelo bispo Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré. Era um Novo Testamento traduzido a partir da Vulgata. No prefácio, havia acusações contra os protestantes, chamando suas versões da Bíblia de "falsificadas". Foi publicada em São Luís, no Maranhão, em 1847, sendo impressa em Portugal em 1875.


Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral publica uma revisão do Novo Testamento de Almeida. Foi revisada por José Manoel Garcia, pelo pastor M. P. B. de Carvalhosa e pelo pastor Alexandre Latimer Blackford.

O imperador D. Pedro II era um profundo admirador da cultura judaica. Após aprender o Hebraico, que era a sua língua favorita, traduziu partes da Bíblia, como o livro de Neemias, além de partes do Velho Testamento para o Latim.

F. R. dos Santos Saraiva, autor de um dicionário latino-português, traduziu os Salmos, com o título de Harpa de Israel, em 1898.

Duarte Leopoldo e Silva traduziu e publicou os Evangelhos em forma de harmonia. O Colégio da Imaculada Conceição, Botafogo, Rio de Janeiro, publicou uma tradução dos Evangelhos e Atos, do Francês, preparada por um padre, em 1904. Padres franciscanos iniciaram um trabalho de tradução a partir da Vulgata, sendo concluído em 1909. No mesmo ano, o padre Santana traduziu o Evangelho de Mateus diretamente do Grego. É a primeira tradução parcial da Bíblia, em Português, dos idiomas originais feita por um padre católico, embora tenha sido apoiado pelo Latim.

J. L. Assunção traduziu o Novo Testamento a partir da Vulgata em 1917. Surge, no mesmo ano, o livro de Amós, traduzido por Esteves Pereira. Foi traduzido do etíope. Em 1923, J. Basílio Pereira traduz o Novo Testamento e os Salmos a partir da Vulgata.

O então padre Huberto Rohden foi o autor de uma tradução do Novo Testamento. Começou a traduzir enquanto estudava na Leopold-Franzens-Universität Innsbruck, Áustria, completando em 1930. Foi publicado pela Cruzada da Boa Imprensa (atualmente é pela editora Martin Claret). Utilizou como base o Textus Receptus.


O rabino Meir Matzliah Melamed traduz a Torá, numa edição sem data, com o nome de A Lei de Moisés e as Haftarot. Foi publicada em 1962. A tradução foi revisada e lançada, em 2001, com o nome de A Lei de Moisés. Está disponível pela Editora Sêfer.

Em 1993 é publicado o Novo Testamento da Nova Versão Internacional. Em 2005, o pastor batista Fridolin Janzen traduziu o Novo Testamento em Português, baseado no Textus Receptus.

Traduções completas. A primeira tradução completa foi a Tradução Brasileira. Foi uma tradução da Bíblia que não contava apenas somente com teólogos, como H. C. Tucker, William Campbell Brown, Eduardo Carlos Pereira, mas também com eruditos como Ruy Barbosa, José Veríssimo e Virgílio Várzea.

A tradução se principiou em 1902. Os dois primeiros evangelhos foram editados em 1904, e depois de alguma crítica e revisão, o Evangelho de Mateus saiu novamente em 1905. Os Evangelhos e o livro dos Atos dos Apóstolos foram publicados em 1906, e o Novo Testamento completo em 1910. Publicada em sua inteireza em 1917, apresenta características eruditas, sendo bastante literal em relação aos textos originais.

Não obteve o agrado dos leitores, por traduzir nomes hebraicos de uma maneira próxima à daquela língua, falta de literalidade e falta de revisões.

A Almeida Revista e Corrigida foi a primeira Bíblia a ser impressa no Brasil, em 1948. Está em circulação a revisão de 1995.


Publicada em 1959, a Almeida Revista e Atualizada utiliza o Texto Crítico, ao invés do Textus Receptus. Ganhou aprovação da CNBB.

Em 1959 é publicada a tradução dos monges Maredsous em Português. O trabalho de tradução foi coordenado pelo franciscano João José Pedreira de Castro, do Centro Bíblico de São Paulo. Foi traduzida a partir da versão francesa publicada na Bélgica.

A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é uma tradução da Bíblia feita com direcionamento específico para as Testemunhas de Jeová. Foi publicada em 1963, sendo traduzida da versão inglesa.

A Versão Revisada foi publicada em 1967, pela Imprensa Bíblica Brasileira e pela Juerp. É de orientação batista.

Em 1976 é publicada a Bíblia de Jerusalém, pelas Edições Paulinas. É baseada na versão francesa, sendo que as notas e comentários são traduzidos. Em 2002 é publicada a revisão, chamada de Nova Bíblia de Jerusalém.

Em 1981 é publicada a Bíblia Viva, uma paráfrase da Bíblia. A versão original foi elaborada por Kenneth Taylor e foi traduzida na base da equivalência dinâmica (idéia por idéia). Já está na 2ª edição.

Em 1982 é publicada a Bíblia Vozes, pela editora Vozes, traduzida por uma comissão, presidida pelo franciscano Ludovico Garmus. No mesmo ano é publicada uma versão pela Editora Santuário. No ano seguinte é publicada a Bíblia Mensagem de Deus pelas edições Loyola.

Em 1988 é publicada A Bíblia na Linguagem de Hoje, caracterizada por ter uma linguagem popular e tradução flexível. Um exemplo é a tradução de Juízes 3:24: “Aí os empregados chegaram e viram que  as portas estavam trancadas. Então pensaram que o rei tinha ido ao banheiro”. Muitos eruditos vêem uma excessiva utilização de linguagem popular, que pode comprometer a fidelidade com o texto original. Devido a esses problemas, essa tradução passou por um grande processo de revisão, que resultou na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, em 2000.

Em 1990 é publicada a Edição Pastoral. Coordenada pelo teólogo Ivo Storniolo, é uma tradução afinada com a teologia da libertação, sendo voltada para uso dos leigos.

Ainda em 1990, a Editora Vida publicou a sua Edição Contemporânea da Bíblia de Almeida (EAC). Essa edição eliminou arcaísmos e ambigüidades do texto original de Almeida, mas com a promessa de preservar as excelências do texto que lhe serviu de base.

Em 1997 é publicada a Tradução Ecumênica da Bíblia (sendo baseada na versão francesa), sendo parte de sua comissão católicos, protestantes e judeus. O Antigo Testamento foi mantido do modo como se utiliza nas Bíblias judaicas.

Em 2001, a CNBB produziu uma tradução comemorativa dos 50 anos da CNBB, e já está na 3ª edição e envolveu cooperação entre sete editoras católicas. No mesmo ano é publicada a Torah Viva, traduzida por Adolfo Wasserman, baseada na versão inglesa. É publicada também a versão completa da Nova Versão Internacional.

Em 2002 é publicada a Bíblia do Peregrino, traduzida por Luís Alonso Schökel. É uma tradução da versão espanhola.

Em 2006 é publicada a Bíblia Hebraica. É o primeiro Tanakh completo publicado em Português, desde 1553. Os tradutores foram David Gorodovits e Jairo Fridlin e foi revisada por rabinos e professores.

Em 2007 é publicada a Bíblia Almeida Século 21, uma atualização da "Versão Revisada" do texto de Almeida (também conhecida como "Versão revisada segundo os melhores textos") por uma parceria entre a Imprensa Bíblica Brasileira/Juerp, a Editora Hagnos e a Editora Atos.

Traduções feitas em outros países. A Sociedade Bíblica Trinitariana, fundada no Reino Unido em 1831, também produziu uma versão para o Português do Novo Testamento, em 1883. É baseada, no Textus Receptus, assim como todas as Bíblias da Sociedade Bíblica Trinitariana.

(Fontes de consulta: Enciclopédias em Português, Inglês, Francês, Italiano, Espanhol, Latim e Hebraico).

Autor: Paulo de Aragão Lins