Significado de Palavras bíblicas



Agnosticismo
(Enciclopédia Bíblica Online)

Vem do grego a (não) e gnosko (conhecer). O vocábulo foi cunhado por T.H. Huxley (1869), para exprimir a ideia de “crença suspensa”, ou seja, o indivíduo nem crê, nem deixa de crer. Huyley usou a palavra para aplicá-la a qualquer proposição para a qual não há provas suficientes para ser crida. Entretanto, o termo é mais frequentemente aplicado à crença sobre Deus. Nesse contexto, o agnóstico não nega que existam evidências pró ou contra Deus; porém afirma que as evidências, positivas ou negativas, não são suficientes para provar ou negar a existência de Deus. O ateísmo diz que existem provas negativas da existência de Deus, pelo que poderíamos ter certeza de que Ele não existe.

O agnosticismo diz que há provas, negativas e positivas, embora inconclusivas. O positivismo lógico declara que não há provas negativas ou positivas, porque a questão toda está acima de nosso conhecimento, o qual só pode envolver coisas detectadas pela percepção dos sentidos, e não possuímos órgãos capazes de detectar Deus. Portanto, o ateísmo e o agnosticismo afirmam que tal conhecimento é possível, mas o positivismo lógico nega a possibilidade de tal conhecimento. Por sua vez, o teísmo afirma que o conhecimento de Deus é possível e que as evidências são positivas: Deus existe.

Raízes filosóficas. O agnosticismo tem raízes nos filósofos céticos pré-socráticos, nos sofistas, que eram oponentes de Sócrates e de Platão (450A.C.), e sobretudo nos filósofos Pirro (300-270 A.C.) e Sexto Empírico (século III D.C.). Esses filósofos levantaram questões que os modernos agnósticos têm utilizado e desenvolvido. Quanto a notas completas sobre as ideias acerca de Deus, ver o artigo Deus, ideias concernentes a. Ali também oferecemos as provas filosóficas da existência de Deus, sob o título Deus, provas de Sua existência. O agnosticismo opõe-se tanto ao teísmo como ao ateísmo. Alguns agnósticos supõem que é impossível a obtenção de provas da existência de Deus, e que sempre será assim. Outros supõem que algum dia poderão surgir evidências nesse sentido, que até hoje não dispomos. As razões para a suspensão da fé são as seguintes:

1. O intelecto humano é incapaz de manusear problemas dessa dimensão, ou seja, sofre de uma fraqueza inerente.

2. As evidências poderiam produzir tal crença, e o homem poderia ser capaz da mesma. Mas o homem ainda não dispõe dos meios e do acúmulo de provas necessários. Kant desenvolveu o conceito da razão limitada, em sua Crítica da Razão Pura.  Argumentava ele que o conhecimento é limitado à percepção dos sentidos, e, como é óbvio, Deus está fora do alcance de nossa percepção.

Assim, Deus pode existir ou não. Nossos sentidos simplesmente são incapazes de detectá-lO. Os agnósticos do século XIX, como J.S. Mill e Leslie Stephen, aceitaram o raciocínio de Kant como válido, mas também supunham que as investigações científicas mostram a natureza precária da teologia em geral, e das provas da existência de Deus, em particular. Se o único conhecimento que podemos adquirir vem por meio dos laboratórios, então é improvável que cheguemos a afirmar a existência de Deus, a qual não está sujeita às pesquisas de laboratório. O agnosticismo também tem sido favorecido por processos usados no seio da própria Igreja, onde os ensinos bíblicos são aceitos sem qualquer crítica — método sujeitado a ataques. Kant exerceu grande influência em certos grupos protestantes, e os teólogos começaram a basear conceitos religiosos sobre a fé e não sobre a razão ou sobre provas empíricas.

O catolicismo ortodoxo continua a crer que a razão natural e as evidências empíricas na natureza podem consubstanciar evidências da existência de Deus, sem ou com a revelação. De fato, isso faz parte do dogma católico tradicional, visto que Tomás de Aquino expôs argumentos cosmológicos, etiológicos, teleológicos e contingentes em favor de provas racionais e empíricas da existência de Deus. Os documentos cristãos partem do pressuposto que Deus pode ser conhecido através da razão (Rom. 1:20), embora, não tentem qualquer prova formal. Ver Sabedoria 13, quanto a uma antiga declaração, bem como DS 2853 , 3004, 3026 e 3475, dentro da teologia católica.

Argumento contrários:

1. Filósoficos. Há muitos argumentos racionais e filosóficos em prol da existência de Deus, não baseados na percepção dos sentidos, válidos inteiramente à parte das investigações científicas. Ver o artigo sobre Deus, provas de Sua existência,  e as notas em Rom. 1:20, quanto ao desenvolvimento dessa tese. Devemos notar que um de nossos melhores argumentos positivos é o argumento moral de Kant, que ele extraiu da razão. Assim, o que Kant derrubou em sua Crítica da Razão Pura,  restaurou em sua Crítica da Razão Prática.

2. Científicos. Quanto mais se desenvolve a ciência, mais evidente se torna que há um fantástico desígnio em todos os aspectos da existência. De fato, nada há de mais comum em toda a natureza do que suas evidências de desígnio. Ora, se há desígnio, então há um Planejador. Estamos falando aqui sobre o argumento teleológico em prol da existência de Deus, incluído no artigo acima mencionado. Alguns cientistas são teístas, não por motivos religiosos, mas por motivos científicos. A parapsicologia (ver o artigo), uma novel e crescente ciência, serve de impressionante e compelidora evidência da existência da alma. Ora, se alma e espírito existem, não é preciso um grande salto de fé para supormos que há um Criador de espíritos. A experiência humana da morte, investigada pelos cientistas, tem demonstrado que não há perda de consciência no processo da morte. Essas experiências são chamadas (experiências próximas da morte) EPM, ou “retorno após a morte clínica”. Em outras palavras, uma pessoa, segundo todos os testes clinicamente aplicados, está morta; mas, durante esse tempo, antes de seu retorno ao corpo físico, não há perda da consciência, e muitas experiências notáveis têm lugar. Se isso é verdade, e se o homem é um ser espiritual, conforme sempre afirmaram a filosofia e a teologia, então não é necessário nenhum grande salto de fé para postular a existência do Criador das almas.

3 .Místicos.  A base de toda a fé religiosa é o misticismo (ver o artigo). Isto é, é possível o contato com um Ser ou seres espirituais, mais elevados do que nós. Qualquer contato dessa ordem, como no ministério do Espirito Santo, os dons do Espírito, as visões, as revelações, os sonhos, etc., são experiências místicas em sua definição mais fundamental. Apesar de haver falsas experiências místicas, como é óbvio, e de que algumas delas são inexatas quanto àquilo que transmitem , ao passo que outras são simples alucinações, há um âmago de experiências místicas sobre o qual se alicerça toda a religião; mediante esse âmago verdadeiro, são continuamente transmitidas certas verdades básicas e universais. Duas dessas comunicações principais são que a alma existe e Deus existe, embora pouco saibamos sobre a natureza de uma ou de outra. Não se reivindica, em qualquer sentido significativo, que Deus possa ser conhecido em Sua natureza. Quando muito, sabemos coisas acerca de Suas obras.


A Bíblia declara que Deus não pode ser conhecido, no tocante à Sua augusta natureza (Rom. 11:33; I Tim. 6:16). Os teólogos católicos romanos, ao defenderem a tese de que Deus pode ser conhecido por meios racionais e empíricos, admitem isso. (D 254, 428, 1782). Porém, podemos saber que Ele existe, e podemos saber algo sobre Ele mesmo, itens extremamente importantes de conhecimento para a vida de qualquer pessoa. Tal conhecimento pode ter várias origens, conforme foi sugerido acima.



O que significa libação?

Libação era o derramamento de algum liquido, geralmente era vinho, óleo e até mesmo leite, como um ato de culto a Deus.
Não se sabe ao certo como surgiu esse tipo de oferta de adoração. Sabe-se que era um ato comum em cultos de diversos povos pagãos da antiguidade, que o utilizavam para adorar seus falsos deuses.
Na Bíblia encontramos, mesmo antes da Lei dada a Moisés, a prática da libação mas, claro, em adoração a Deus. Vejamos: “Então, Jacó erigiu uma coluna de pedra no lugar onde Deus falara com ele; e derramou sobre ela uma libação e lhe deitou óleo.” (Gênesis 35.14).
Mais tarde temos a libação presente nas leis dadas por Deus ao povo de Israel. No capítulo que fala das ofertas contínuas a serem praticadas pelo povo, vemos em Êxodo 29.40-41 a ordem para que houvesse libação juntamente com ofertas de sacrifício: “Com um cordeiro, a décima parte de um efa de flor de farinha, amassada com a quarta parte de um him de azeite batido; e,para libação, a quarta parte de um him de vinho…”. Dessa forma essa prática se tornou parte do código de leis cerimoniais dadas por Deus aos israelitas.
Temos também o uso dessa expressão de forma figurada no Novo Testamento. O apóstolo Paulo pegou emprestado essa figura do Antigo Testamento para falar a respeito da sua iminente morte:“Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado.” (2 Timóteo 4. 6). Paulo estava querendo dizer que, da mesma forma que a libação era uma oferta derramada e oferecida a Deus, a vida dele também em breve seria derramada e oferecida a Deus, ou seja, Paulo via a sua morte como um sacrífico agradável a Deus, que estava muito próximo de acontecer.



O que significa coar um mosquito e engolir um camelo?

(1) Em primeiro lugar é preciso compreender que os fariseus eram extremos na obediência mínima as leis do Antigo Testamento. Eram tão exagerados que davam, por exemplo, dízimos até mesmo contando os ramos das plantas que tinham (Mateus 23:23). O problema não era o desejo de ser extremamente obedientes a Deus, antes, o problema era praticar uma obediência apenas para se mostrar aos outros como mais espirituais e, no entanto, por causa desse extremismo, deixar para trás outros preceitos importantes como a justiça, a misericórdia e a fé (Mateus 23:23).


(2) O mosquito era o menor animal impuro que constava nas leis de restrições alimentares do Antigo Testamento: “Mas todos os outros insetos que voam, que têm quatro pés serão para vós outros abominação” (Levítico 11:23). Isso fazia com que os fariseus tivessem o hábito de coar suas bebidas para que não ingerissem um animal imundo e transgredissem essa lei.

(3) Já o maior animal impuro que constava nas leis de restrições alimentares era o camelo: “Destes, porém, não comereis: dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas: o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; este vos será imundo…” (Levítico 11:23). Esse era um animal mais fácil de se ver, bem grande e que não era tão fácil engolir como um pequeno mosquito.
(4) Jesus usa, então, a figura desses dois animais para apresentar uma lições forte aos fariseus. Coar um mosquito e engolir um camelo significa que os fariseus haviam perdido o sentido de proporção, ou seja, se preocupavam demais com coisas insignificantes como um mosquito, mas não tinham a mesma preocupação com aquilo que era muito maior, que representava pecados terríveis como a hipocrisia, a desonestidade, a crueldade, a ganância, etc. em suas vidas. Coisas grandes e imundas tal qual um camelo. Jesus não estava dizendo que pequenos erros e pecados estavam liberados, antes, que não adiantava tanto rigor em alguma áreas da vida (coar um mosquito) quando não existia nenhum rigor para outras áreas mais importantes (engolir um camelo). O que está em vista aqui é a hipocrisia. Diante das pessoas eles faziam questão de mostrar que estavam coando as suas bebidas para não ingerir um mosquito, mas dentro do estômago deles estava uma quantidade enorme de “carne imunda”.
(5) Dessa forma, os fariseus são acusados por Jesus de serem seletivos naquilo que “coavam”, ou seja, eles faziam apenas aquilo que queriam, com objetivos políticos, e não aquilo que Deus exigia deles em sua totalidade. Eles passaram a se considerar os donos da lei de Deus, como se eles tivessem autonomia para dizer o que devia ou não ser cumprido. Pelas suas peneiras não passavam um mosquito, mas o que chegava ao seu estômago era o maior animal impuro. Suas peneiras eram falhas. Essa é uma advertência a todos nós! Devemos viver a nossa vida tomando o cuidado para não sermos hipócritas.

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