O ESTUPRO DE DINÁ
Temos em Gênesis o relato de um
estupro que gerou a morte de muitas pessoas. O texto descreve uma memória de
violência, dor, decepção, vingança, roubo e assassinato:
Estudo sobre Gênesis 34
Published by Ron Crisp on 13/11/2015
INTRODUÇÃO
Temos aqui um triste incidente
ocorrido na vida de Jacó. Muitos dos detalhes não são explanados, então devemos
ter cuidado para não colocarmos culpa demais sobre Diná e a sua família. Há
quem acredite que tudo o que ocorreu serviu como lição espiritual e castigo para
vida dele [Hebreus 12:6 e 11]. No próximo capítulo vemos Jacó se aproximando
mais de Deus.
I. DINÁ É DESFLORADA – VERSÍCULO
1-2.
De acordo com os costumes
antigos, quando uma mulher estava sozinha, ela era considerada como estando
fora de lugar, e, portanto, uma presa fácil. Novamente, não podemos julgar até
que ponto Diná era culpada por se expor. Há várias coisas dignas de nota aqui:
A. A imoralidade é suja. A
fornicação é espiritualmente e moralmente impura diante de Deus.
B. As más companhias são perigosas
ao bem estar espiritual e moral dos jovens e velhos [Provérbios 13:20]. O povo
de Canaã era terrivelmente idólatra e imoral [Deuteronômio 12:29-31]. Diná
deveria ter se envolvido ou feito amizade com pessoas de bons princípios. Andar
em território do Diabo é um convite ao desastre.
II. PADRÕES DIFERENTES –
VERSÍCULOS 3-7.
Nem Siquém, nem seu pai Hamor,
demonstraram sentir vergonha ou culpa pelo ocorrido. Siquém era mais nobre do
que outros de sua tribo. Ele foi gentil com Diná, e não via motivos para que o
pai dela ficasse preocupado. A pureza de uma jovem não representava nada para
sua tribo. Este tipo de atitude está se tornando cada vez mais normal no mundo
em que vivemos. A maioria dos jovens desconhece os padrões de moralidade.
Entretanto, Jacó e seus filhos ficaram muito indignados. O povo de Deus sempre
tem padrões diferentes do mundo. A pureza sexual deve ser o nosso padrão. Os
Cristãos devem treinar e vigiar seus filhos, e se for possível, estas coisas
devem ser evitadas.
III. UM POVO SEPARADO –
VERSÍCULOS 8-12.
O povo de Deus é chamado para ser
separado do mundo [II Coríntios 6:17]. Isto fica bem ilustrado quando Deus
manda Israel não se misturar com as nações que estavam ao redor deles. Há, no
entanto, a tentação de tornar-se um com o mundo. Quantas igrejas vêm isto
acontecer! Se o plano de Hamor tivesse dado certo [vers. 8-10], Israel teria
perdido sua existência como nação. Somente sendo um povo separado é que podemos
ser usados por Deus.
IV. TRISTE ENGANO – VERSÍCULOS
13-19.
Uma demonstração de indignação
contra o pecado pode ser uma marca da piedade [Efésios 4:26]. Esta forma de
vingança, entretanto, não pode ser defendida. Eles usaram até mesmo o sinal da
aliança com Deus (circuncisão) como parte de um plano brutal. Aquilo que é
santo não deveria ser usado desta maneira.
V. HIPOCRISIA – VERSÍCULOS 20-24.
Que encenação hipócrita eles
fizeram. Eles não foram as últimas pessoas a usarem a religião para motivos
mundanos. Muitos têm se unido a uma igreja em busca de uma esposa ou para
tentar vender alguma coisa para obter lucro financeiro. Note que a história que
Siquém e Hamor contaram para o povo deles era bem diferente daquela que eles
contaram para Jacó e seus filhos [compare vers. 10 com vers. 23]. Eles não
tinham interesse nenhum pelo Deus de Israel ou pela prática da circuncisão.
VI. VINGANÇA – VERSÍCULOS 25-29.
O plano dos filhos de Jacó foi
colocado rapidamente em prática. No terceiro dia após a cirurgia, enquanto os
homens estavam incapacitados, Levi e Simeão assassinaram aqueles homens. O
sinal da aliança de Deus foi utilizado como um acessório de assassinato.
Algumas pessoas tentam justificar este ato brutal dizendo que Israel recebera
ordens para destruir estas tribos. Entretanto, esta ordem somente seria dada no
futuro [Gênesis 15:16]. As ações destes homens foram motivadas apenas pela
vingança. (Nós não temos todos os detalhes deste massacre. Evidentemente, a
vila deveria ser bem pequena, e é bem provável que os homens foram reunidos sob
alguma pretensão. Nós sabemos que Levi e Simeão eram irmãos legítimos de Diná,
e talvez por isso tomaram a causa como sendo pessoal. Compare Gênesis 29:31-34
com Gênesis 34:1).
VII. A ULTIMA PALAVRA –
VERSÍCULOS 30-31.
Jacó ficou muito irritado com o estupro de Diná,
mas não concordou com o que seus filhos fizeram. Ele também viu o perigo disto.
E se os povos vizinhos se voltassem contra eles? Nada, porém, podia apaziguar a
ira de Levi e Simeão. Em versículo 31, eles parecem ter tido a última palavra.
Isso, no entanto, não ocorreu. Já estando prestes a morrer, Jacó os repreendeu
novamente [Gênesis 49:5-7]. A indignação moral era recomendável, mas a
indiscriminada ira que eles demonstraram foi horrível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário